Perda
parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de
graus e níveis na forma seguinte: de 25 a 40 decibéis (db) - surdez
leve; de 41 a 55 db - surdez moderada; de 56 a 70 db - surdez acentuada;
de 71 a 90 db - surdez severa; acima de 91 db - surdez profunda; e
anacusia.
Fonte:
Informações Básicas sobre Deficiência Auditiva
Definição Deficiência
auditiva é considerada genericamente como a diferença existente entre a
performance do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora
de acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards
Institute (ANSI - 1989).
Zero audiométrico (0 dB N.A) refere-se
aos valores de níveis de audição que correspondem à média de detecção de
sons em várias freqüências, por exemplo: 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz, etc. Considera-se,
em geral, que a audição normal corresponde à habilidade para detecção
de sons até 20 dB N.A (decibéis, nível de audição).
Tipos de Deficiência Auditiva
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA:
Qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo
externo até a orelha interna (cóclea). A orelha interna tem capacidade
de funcionamento normal mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta
estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo
sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser
corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico.
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL:
Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das
células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Os limiares por
condução óssea e por condução aérea, alterados, são aproximadamente
iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas da cóclea e
do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de
avaliação auditiva. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível.
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA:
Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal
sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O
audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos
níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos
limiares de condução aérea.
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU SURDEZ CENTRAL:
Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado
de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes
graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de
alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no
tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).
Graus de Severidade da Deficiência Auditiva
Os
níveis de limiares utilizados para caracterizar os graus de severidade
da deficiência auditiva podem ter algumas variações entre os diferentes
autores. Segundo critério de Davis e Silverman, 1966:
• Audição Normal - Limiares entre 0 a 24 dB nível de audição. • Deficiência Auditiva Leve - Limiares entre 25 a 40 dB nível de audição. • Deficiência Auditiva Moderna - Limiares entre 41 e 70 dB nível de audição. • Deficiência Auditiva Severa - Limiares entre 71 e 90 dB nível de audição. • Deficiência Auditiva Profunda - Limiares acima de 90 dB.
Indivíduos
com níveis de perda auditiva leve, moderada e severa são mais
freqüentemente chamados de deficientes auditivos, enquanto os indivíduos
com níveis de perda auditiva profunda são chamados surdos.
Causas da Deficiência Auditiva Condutiva
• Cerume ou corpos estranhos do conduto auditivo externo. • Otite externa: infecção bacteriana da pele do conduto auditivo externo. •
Otite média: processo infeccioso e/ou inflamatório da orelha média, que
divide-se em: otite média secretora; otite média aguda; otite média
crônica supurada e otite média crônica colesteatomatosa. • Estenose
ou atresia do conduto auditivo externo (redução de calibre ou ausência
do conduto auditivo externo). Atresia é geralmente uma malformação
congênita e a estenose pode ser congênita ou ocorrer por trauma,
agressão cirúrgica ou infecções graves. • Miringite Bolhosa (termo
miringite refere-se a inflamação da membrana timpânica). Acúmulo de
fluido entre as camadas da membrana timpânica, em geral associado a
infecções das vias respiratórias superiores. • Perfurações da
membrana timpânica: podem ocorrer por traumas externos, variações
bruscas da pressão atmosférica ou otite média crônica supurada. A perda
auditiva decorre de alterações da vibração da membrana timpânica. É
variável de acordo com a extensão e localização da perfuração. • Obstrução da tuba auditiva • Fissuras Palatinas • Otosclerose
Causas da Deficiência Auditiva Sensório-Neural
• Causas pré-natais: •
de origem hereditárias (surdez herdada monogênica, que pode ser uma
surdez isolada da orelha interna por mecanismo recessivo ou dominante ou
uma síndrome com surdez); e uma surdez associada a aberrações
cromossômicas. • de origem não hereditárias (causas exógenas), que
podem ser: Infecções maternas por rubéola, citomegalovírus, sífilis,
herpes, toxoplasmose. Drogas ototóxicas e outras, alcoolismo materno Irradiações, por exemplo Raios X. Toxemia, diabetes e outras doenças maternais graves • Causas perinatais • Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento • Trauma de Parto - Fator traumático / Fator anóxico • Doença hemolítica do recém-nascido ( ictericia grave do recém-nascido) • Causas pós-natais • Infecções - meningite, encefalite, parotidite epidêmica (caxumba), sarampo • Drogas ototóxicas • Perda auditiva induzida por ruído (PAIR) • Traumas físicos que afetam o osso temporal
Dados Estatísticos
•
Estima-se que 42 milhões de pessoas acima de 3 anos de idade são
portadoras de algum tipo de deficiência auditiva, de moderada a profunda
(OMS). Há expectativa que o número de perdas auditivas na população
mundial chegue a 57 milhões no ano 2000. • Aproximadamente 0,1% das
crianças nascem com deficiência auditiva severa e profunda (Northern e
Downs, 1991). Este tipo de deficiência auditiva é suficientemente severa
para impedir a aquisição normal da linguagem através do sentido da
audição • Mais de 4% das crianças consideradas de alto risco são
diagnosticadas como portadoras de deficiência auditiva de graus moderado
a profundo (ASHA)1 • Aproximadamente 90% das crianças portadoras de
deficiência auditiva de graus severo e profundo são filhos de pais
ouvintes (Northern e Downs, 1991)2 • Nos Estados Unidos pesquisas
indicam que a prevalência de deficiências auditivas sensorioneurais é de
5,95 para cada 1000 nascidos vivos e nas deficiências auditivas por
alterações do ouvido médio é de 20 para cada 1000 nascidos vivos •
Segundo a O.M.S. (1994)3 estima-se que 1,5% da população brasileira, ou
seja, cerca de 2.250.000 habitantes são portadores de deficiência
auditiva, estando esta em terceiro lugar entre todas as deficiências do
país • Aproximadamente 1.053.000 de crianças abaixo de 18 anos têm
algum grau de deficiência auditiva, com índice de prevalência de 16,1
por 1000 (Bess e Humes 1995)
Fatores de Risco
Alguns fatores que podem causar deficiência auditiva são:
• Antecedentes familiares de deficiência auditiva, levantando-se se há consangüinidade entre os pais e/ou hereditariedade. •
Infecções congênitas suspeitadas ou confirmadas através de exame
sorológico e/ou clínico (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e
sífilis) • Peso no nascimento inferior a 1500g e/ou crianças pequenas para a idade gestacional (PIG) • Asfixia severa no nascimento, com Apgar entre 0-4 no primeiro minuto e 0-6 no quinto minuto. • Hiperbilirrubinemia com índices que indiquem exanguíneo transfusão. • Ventilação mecânica por mais de dez dias • Alterações crânio-faciais, incluindo as síndromes que tenham como uma de suas características a deficiência auditiva. • Meningite, principalmente a bacteriana. • Uso de drogas ototóxicas por mais de cinco dias. • Permanência em incubadora por mais de sete dias. • Alcoolismo ou uso de drogas pelos pais, antes e durante a gestação.
Identificação e Diagnóstico
O
diagnóstico das deficiências de audição é realizado a partir da
avaliação médica e audiológica. Em geral a primeira suspeita quanto à
existência de uma alteração auditiva em crianças muito pequenas é feita
pela própria família a partir da observação da ausência de reações a
sons, comportamento diferente do usual (a criança que é muito quieta,
dorme muito e em qualquer ambiente, não se assusta com sons intensos) e,
um pouco mais velha, não desenvolve linguagem. A busca pelo diagnóstico
também poderá ser originada a partir dos programas de prevenção das
deficiências auditivas na infância como o registro de fatores de risco e
triagens auditivas.
O profissional de saúde procurado em
primeiro lugar é geralmente o pediatra, o qual encaminhará a criança ao
otorrinolaringologista, quando se iniciará o diagnóstico. Este
profissional fará um histórico do caso, observará o comportamento
auditivo e procederá o exame físico das estruturas do ouvido, nariz e
das diferentes partes da faringe. O passo seguinte é o encaminhamento
para a avaliação audiológica.
No caso de adultos, em geral a
queixa de alteração auditiva é do próprio indivíduo, e, no caso de
trabalhadores expostos a situações de risco para audição o
encaminhamento poderá advir de programas de conservação de audição.
Fontes:
ASHA - American Speech and Hearing Association Northern, J., Downs, m.p. (1991) Hearing in children (4th ed.) Baltimore Williams & Wilkins OMS - Organização Mundial de Saúde Bess, F. H. e Humes, L. E. (1995) Audiology: The Fundamentals. Baltimore Wi
Deficiência: verdades e mitos
A
luta por uma sociedade inclusiva passa pela derrubada de mitos,
preconceitos e inverdades que ainda permeiam a questão da deficiência
Verdades
- Deficiência não é doença;
- Algumas crianças portadoras de deficiências podem necessitar escolas especiais;
- As adaptações são recursos necessários para facilitar a integração dos educandos com necessidades especiais nas escolas;
- Síndromes de origem genética não são contagiosas;
- Deficiente mental não é louco.
Mitos
- Todo surdo é mudo;
- Todo cego tem tendência à música;
- Deficiência é sempre fruto de herança familiar;
- Existem remédios milagrosos que curam as deficiências;
- As pessoas com necessidades especiais são eternas crianças;
- Todo deficiente mental é dependente.
Quando você encontrar uma pessoa com deficiência
Segundo o CEDIPOD - Centro de Documentação e Informação do Portador de Deficiência e a CORDE - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, existem algumas dicas de comportamento.
- Muitas
pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com
deficiência. Isso é natural. Todos nós podemos nos sentir
desconfortáveis diante do "diferente".
- Esse desconforto diminui e até desaparece quando há convivência entre pessoas deficientes e não deficientes.
- Não
faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionar com
uma pessoa deficiente como se ela não tivesse uma deficiência, você vai
estar ignorando uma característica muito importante dela. Dessa forma,
você não estará se relacionando com ela, mas com outra pessoa, uma que
você inventou, que não é real.
- Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devida consideração.
- Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa.
- As
pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas
próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.
- Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente.
- Provavelmente,
por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para
realizar algumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema
habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.
- A
maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder
perguntas, principalmente aquelas feitas por crianças, a respeito da sua
deficiência e como ela transforma a realização de algumas tarefas. Mas,
se você não tem muita intimidade com a pessoa, evite fazer perguntas
íntimas.
- Quando
quiser alguma informação de uma pessoa deficiente, dirija-se
diretamente a ela e não a seus acompanhantes ou intérpretes.
- Sempre
que quiser ajudar, ofereça ajuda. Espere sua oferta ser aceita, antes
de ajudar. Pergunte a forma mais adequada para fazê-lo.
- Mas
não se ofenda se seu oferecimento for recusado, pois nem sempre as
pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada
atividade pode ser melhor desenvolvida sem assistência.
- Se
você não se sentir confortável ou seguro para fazer alguma coisa
solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste
caso, seria conveniente procurar outra pessoa que possa ajudar.
- As
pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm os mesmos direitos,
os mesmos sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos.
- Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo.
- Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor
Prevenção da ocorrência de deficiências
O que é possível fazer para prevenir a ocorrência de deficiências
Antes de engravidar:
- Vacine-se
contra a rubéola. Na gravidez ela afeta o bebê em formação, causando
malformações, como cegueira, deficiência auditiva, etc).
- Procure
um serviço de aconselhamento genético (principalmente quando houver
casos de deficiência ou casamentos consangüíneos na família).
- Faça exames para detectar doenças e verificar seu tipo sangüíneo e a presença do fator RH.
Durante a gravidez:
- Consulte um médico obstetra mensalmente.
- Faça exames de controle
- Só tome os remédios que o médico lhe receitar.
- Faça controle de pressão alta, diabetes e infecções.
- Faça uma alimentação saudável e balanceada.
- Não se exponha ao raio X ou outros tipos de radiação.
- Evite o cigarro e as bebidas alcoólicas.
- Evite contato com portadores de doenças infecciosas.
Depois do nascimento:
- Exija que sejam feitos testes preventivos em seu bebê, como o APGAR por exemplo.
- Tenha cuidados adequados com o bebê, proporcionando amparo afetivo e ambiente propício para seu desenvolvimento.
Inclusão Educacional e Deficiência Auditiva
Várias são as polêmicas existentes acerca da inclusão da pessoa com
deficiência na classe comum de ensino, sobretudo quando falamos da
deficiência auditiva. Essa dificuldade ou impossibilidade de perceber
através da via auditiva os sons da fala provocou e ainda provoca
inúmeras discussões no campo educacional. Alguns importantes documentos
que versam sobre o direito de inclusão da pessoa com deficiência em
salas comuns de ensino, como a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 e a
Declaração de Salamanca de 1994, consideram o aluno com deficiência
auditiva uma exceção possível no processo de inclusão nas classes comuns
das redes de ensino, uma vez que tais alunos necessitam de adaptações
comunicativas, como a Língua Brasileira de Sinais, para que eles possam
acompanhar o que é dito em sala de aula. Mas o meu questionamento é,
será que o simples fato dos professores conhecerem a Língua Brasileira
de Sinais é suficiente?
No meu ponto de vista, a escolarização do aluno com deficiência
auditiva vai muitíssimo além da língua, se assim fosse não teríamos
ouvintes normais com dificuldades de aprendizagem! A escola comum
precisa propor ações que façam sentido para as crianças em geral e que
possam ser compartilhadas com os alunos com deficiência auditiva. Isso
vai muito além da língua a ser utilizada, os alunos com deficiência
auditiva necessitam de ambientes educacionais estimuladores,
desafiadores de seus pensamentos e de suas capacidades.
Acredito que ambientes educacionais estimuladores promovem a liberdade
de escolha dos alunos e estimula a busca pela procura de novos caminhos e
formas de convivência para a vida em coletividade, dentro e fora do
ambiente escolar. Olhando por esse prisma, como seria atuar com alunos
com deficiência auditiva em uma escola que valoriza as diferenças? Seria
esse o caminho para trocarmos a escola excludente especial por uma
escola de fato comum e includente e não uma escola excludente comum?
Outra importante reflexão se faz necessária. Quais são as adaptações ou
processos curriculares necessários para promover a inclusão da pessoa
com deficiência auditiva em ambientes educacionais comuns, aberta a
todos e por isso verdadeiramente inclusiva?
Muitos questionamentos acerca da inclusão nos remetem a idade em que a
inclusão educacional deve ocorrer. Particularmente acredito na inclusão
desde o ensino infantil até o ensino superior. O contato precoce com as
diferenças certamente terá como resultado final adultos tolerantes e
abertos a aceitação do outro. Além disso, a inclusão precoce estimula o
uso dos recursos que os alunos com deficiência auditiva necessitam para
ultrapassar as barreiras impostas pelo processo educacional e com isso
poderão fazer uso consciente de seus direitos escolares e exercerão sua
cidadania.
Outro fator que merece atenção são as salas de Atendimento Educacional
Especializado, as salas de Recuso. Nesse ambiente as crianças serão
assistidas individualmente ou em grupo em período contrário ao da
escola, e serão estimuladas com materiais pedagógicos diferenciados
visando a superação das dificuldades de aprendizagem. Tais salas são de
fundamental importância e garantirão a aprendizagem dos alunos com
deficiência auditiva.
Várias são as polêmicas existentes acerca da inclusão da pessoa com
deficiência na classe comum de ensino, sobretudo quando falamos da
deficiência auditiva. Essa dificuldade ou impossibilidade de perceber
através da via auditiva os sons da fala provocou e ainda provoca
inúmeras discussões no campo educacional. Alguns importantes documentos
que versam sobre o direito de inclusão da pessoa com deficiência em
salas comuns de ensino, como a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 e a
Declaração de Salamanca de 1994, consideram o aluno com deficiência
auditiva uma exceção possível no processo de inclusão nas classes comuns
das redes de ensino, uma vez que tais alunos necessitam de adaptações
comunicativas, como a Língua Brasileira de Sinais, para que eles possam
acompanhar o que é dito em sala de aula. Mas o meu questionamento é,
será que o simples fato dos professores conhecerem a Língua Brasileira
de Sinais é suficiente?
No meu ponto de vista, a escolarização do aluno com deficiência
auditiva vai muitíssimo além da língua, se assim fosse não teríamos
ouvintes normais com dificuldades de aprendizagem! A escola comum
precisa propor ações que façam sentido para as crianças em geral e que
possam ser compartilhadas com os alunos com deficiência auditiva. Isso
vai muito além da língua a ser utilizada, os alunos com deficiência
auditiva necessitam de ambientes educacionais estimuladores,
desafiadores de seus pensamentos e de suas capacidades.
Acredito que ambientes educacionais estimuladores promovem a liberdade
de escolha dos alunos e estimula a busca pela procura de novos caminhos e
formas de convivência para a vida em coletividade, dentro e fora do
ambiente escolar. Olhando por esse prisma, como seria atuar com alunos
com deficiência auditiva em uma escola que valoriza as diferenças? Seria
esse o caminho para trocarmos a escola excludente especial por uma
escola de fato comum e includente e não uma escola excludente comum?
Outra importante reflexão se faz necessária. Quais são as adaptações ou
processos curriculares necessários para promover a inclusão da pessoa
com deficiência auditiva em ambientes educacionais comuns, aberta a
todos e por isso verdadeiramente inclusiva?
Muitos questionamentos acerca da inclusão nos remetem a idade em que a
inclusão educacional deve ocorrer. Particularmente acredito na inclusão
desde o ensino infantil até o ensino superior. O contato precoce com as
diferenças certamente terá como resultado final adultos tolerantes e
abertos a aceitação do outro. Além disso, a inclusão precoce estimula o
uso dos recursos que os alunos com deficiência auditiva necessitam para
ultrapassar as barreiras impostas pelo processo educacional e com isso
poderão fazer uso consciente de seus direitos escolares e exercerão sua
cidadania.
Outro fator que merece atenção são as salas de Atendimento Educacional
Especializado, as salas de Recuso. Nesse ambiente as crianças serão
assistidas individualmente ou em grupo em período contrário ao da
escola, e serão estimuladas com materiais pedagógicos diferenciados
visando a superação das dificuldades de aprendizagem. Tais salas são de
fundamental importância e garantirão a aprendizagem dos alunos com
deficiência auditiva.
Várias são as polêmicas existentes acerca da inclusão da pessoa com
deficiência na classe comum de ensino, sobretudo quando falamos da
deficiência auditiva. Essa dificuldade ou impossibilidade de perceber
através da via auditiva os sons da fala provocou e ainda provoca
inúmeras discussões no campo educacional. Alguns importantes documentos
que versam sobre o direito de inclusão da pessoa com deficiência em
salas comuns de ensino, como a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 e a
Declaração de Salamanca de 1994, consideram o aluno com deficiência
auditiva uma exceção possível no processo de inclusão nas classes comuns
das redes de ensino, uma vez que tais alunos necessitam de adaptações
comunicativas, como a Língua Brasileira de Sinais, para que eles possam
acompanhar o que é dito em sala de aula. Mas o meu questionamento é,
será que o simples fato dos professores conhecerem a Língua Brasileira
de Sinais é suficiente?
No meu ponto de vista, a escolarização do aluno com deficiência
auditiva vai muitíssimo além da língua, se assim fosse não teríamos
ouvintes normais com dificuldades de aprendizagem! A escola comum
precisa propor ações que façam sentido para as crianças em geral e que
possam ser compartilhadas com os alunos com deficiência auditiva. Isso
vai muito além da língua a ser utilizada, os alunos com deficiência
auditiva necessitam de ambientes educacionais estimuladores,
desafiadores de seus pensamentos e de suas capacidades.
Acredito que ambientes educacionais estimuladores promovem a liberdade
de escolha dos alunos e estimula a busca pela procura de novos caminhos e
formas de convivência para a vida em coletividade, dentro e fora do
ambiente escolar. Olhando por esse prisma, como seria atuar com alunos
com deficiência auditiva em uma escola que valoriza as diferenças? Seria
esse o caminho para trocarmos a escola excludente especial por uma
escola de fato comum e includente e não uma escola excludente comum?
Outra importante reflexão se faz necessária. Quais são as adaptações ou
processos curriculares necessários para promover a inclusão da pessoa
com deficiência auditiva em ambientes educacionais comuns, aberta a
todos e por isso verdadeiramente inclusiva?
Muitos questionamentos acerca da inclusão nos remetem a idade em que a
inclusão educacional deve ocorrer. Particularmente acredito na inclusão
desde o ensino infantil até o ensino superior. O contato precoce com as
diferenças certamente terá como resultado final adultos tolerantes e
abertos a aceitação do outro. Além disso, a inclusão precoce estimula o
uso dos recursos que os alunos com deficiência auditiva necessitam para
ultrapassar as barreiras impostas pelo processo educacional e com isso
poderão fazer uso consciente de seus direitos escolares e exercerão sua
cidadania.
Outro fator que merece atenção são as salas de Atendimento Educacional
Especializado, as salas de Recuso. Nesse ambiente as crianças serão
assistidas individualmente ou em grupo em período contrário ao da
escola, e serão estimuladas com materiais pedagógicos diferenciados
visando a superação das dificuldades de aprendizagem. Tais salas são de
fundamental importância e garantirão a aprendizagem dos alunos com
deficiência auditiva.
Várias são as polêmicas existentes acerca da inclusão da pessoa com
deficiência na classe comum de ensino, sobretudo quando falamos da
deficiência auditiva. Essa dificuldade ou impossibilidade de perceber
através da via auditiva os sons da fala provocou e ainda provoca
inúmeras discussões no campo educacional. Alguns importantes documentos
que versam sobre o direito de inclusão da pessoa com deficiência em
salas comuns de ensino, como a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 e a
Declaração de Salamanca de 1994, consideram o aluno com deficiência
auditiva uma exceção possível no processo de inclusão nas classes comuns
das redes de ensino, uma vez que tais alunos necessitam de adaptações
comunicativas, como a Língua Brasileira de Sinais, para que eles possam
acompanhar o que é dito em sala de aula. Mas o meu questionamento é,
será que o simples fato dos professores conhecerem a Língua Brasileira
de Sinais é suficiente?
No meu ponto de vista, a escolarização do aluno com deficiência
auditiva vai muitíssimo além da língua, se assim fosse não teríamos
ouvintes normais com dificuldades de aprendizagem! A escola comum
precisa propor ações que façam sentido para as crianças em geral e que
possam ser compartilhadas com os alunos com deficiência auditiva. Isso
vai muito além da língua a ser utilizada, os alunos com deficiência
auditiva necessitam de ambientes educacionais estimuladores,
desafiadores de seus pensamentos e de suas capacidades.
Acredito que ambientes educacionais estimuladores promovem a liberdade
de escolha dos alunos e estimula a busca pela procura de novos caminhos e
formas de convivência para a vida em coletividade, dentro e fora do
ambiente escolar. Olhando por esse prisma, como seria atuar com alunos
com deficiência auditiva em uma escola que valoriza as diferenças? Seria
esse o caminho para trocarmos a escola excludente especial por uma
escola de fato comum e includente e não uma escola excludente comum?
Outra importante reflexão se faz necessária. Quais são as adaptações ou
processos curriculares necessários para promover a inclusão da pessoa
com deficiência auditiva em ambientes educacionais comuns, aberta a
todos e por isso verdadeiramente inclusiva?
Muitos questionamentos acerca da inclusão nos remetem a idade em que a
inclusão educacional deve ocorrer. Particularmente acredito na inclusão
desde o ensino infantil até o ensino superior. O contato precoce com as
diferenças certamente terá como resultado final adultos tolerantes e
abertos a aceitação do outro. Além disso, a inclusão precoce estimula o
uso dos recursos que os alunos com deficiência auditiva necessitam para
ultrapassar as barreiras impostas pelo processo educacional e com isso
poderão fazer uso consciente de seus direitos escolares e exercerão sua
cidadania.
Outro fator que merece atenção são as salas de Atendimento Educacional
Especializado, as salas de Recuso. Nesse ambiente as crianças serão
assistidas individualmente ou em grupo em período contrário ao da
escola, e serão estimuladas com materiais pedagógicos diferenciados
visando a superação das dificuldades de aprendizagem. Tais salas são de
fundamental importância e garantirão a aprendizagem dos alunos com
deficiência auditiva.
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