Os Transtornos Globais do
Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas
que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida.
Caracterizam-se pelos padrões de comunicação estereotipados e
repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas
atividades.
Os TGD englobam os diferentes transtornos do espectro
autista, as psicoses infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome de
Kanner e a Síndrome de Rett.
Com relação à interação social,
crianças com TGD apresentam dificuldades em iniciar e manter uma
conversa. Algumas evitam o contato visual e demonstram aversão ao toque
do outro, mantendo-se isoladas. Podem estabelecer contato por meio de
comportamentos não-verbais e, ao brincar, preferem ater-se a objetos no
lugar de movimentar-se junto das demais crianças. Ações repetitivas são
bastante comuns.
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento também
causam variações na atenção, na concentração e, eventualmente, na
coordenação motora. Mudanças de humor sem causa aparente e acessos de
agressividade são comuns em alguns casos. As crianças apresentam seus
interesses de maneira diferenciada e podem fixar sua atenção em uma só
atividade, como observar determinados objetos, por exemplo.
Com
relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos
outros - fenômeno conhecido como ecolalia - ou, ainda, comunicar-se por
meio de gestos ou com uma entonação mecânica, fazendo uso de jargões.
Como lidar com o TGD na escola?Crianças
com transtornos de desenvolvimento apresentam diferenças e merecem
atenção com relação às áreas de interação social, comunicação e
comportamento. Na escola, mesmo com tempos diferentes de aprendizagem,
esses alunos devem ser incluídos em classes com os pares da mesma faixa
etária.
Estabelecer rotinas em grupo e ajudar o aluno a incorporar
regras de convívio social são atitudes de extrema importância para
garantir o desenvolvimento na escola. Boa parte dessas crianças precisa
de ajuda na aprendizagem da autorregulação.
Apresentar as
atividades do currículo visualmente é outra ação que ajuda no processo
de aprendizagem desses alunos. Faça ajustes nas atividades sempre que
necessário e conte com a ajuda do profissional responsável pelo
Atendimento Educacional Especializado (AEE). Também cabe ao professor
identificar as potências dos alunos. Invista em ações positivas,
estimule a autonomia e faça o possível para conquistar a confiança da
criança. Os alunos com TGD costumam procurar pessoas que sirvam como
'porto seguro' e encontrar essas pessoas na escola é fundamental para o
desenvolvimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário